Cartões de visita ligam Claudio Mente, alvo da PF, a empresas de energia eólica e reflorestamento
A Polícia Federal apreendeu com o lobista Claudio Augusto Mente cartões de visita da CRP - Reflorestamento Piauí e do grupo Energio Energias Renováveis, o que corrobora a conexão do operador com o esquema de corrupção montado na Petrobras e que se espraiou por vários setores da economia...
A Polícia Federal apreendeu com o lobista Claudio Augusto Mente cartões de visita da CRP – Reflorestamento Piauí e do grupo Energio Energias Renováveis, o que corrobora a conexão do operador com o esquema de corrupção montado na Petrobras e que se espraiou por vários setores da economia.
A Energio Energias Renováveis foi constituída em 2008 pela Focus Infraestrutura – do empresário Raul Motta, também citado na Operação Rizoma -, tendo como objeto o desenvolvimento de projetos de energia eólica.
Outros sócios eram os empresários Francisco José Machado de Sant’Anna e Rubens Andrade, parceiro do doleiro Alberto Yousseff na CSA Finance Project – cujo contrato social tem Claudio Mente como testemunha.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP (hoje Progressistas), compartilhava com Francisco Machado a administração do polêmico projeto de mini refinarias – ideia que está sendo retomada pela estatal, segundo Jair Bolsonaro.
Na versão de Paulo Roberto, haveria captação junto ao mercado e fundos de pensão de R$ 1 bilhão para a construção de quatro pequenas refinarias de petróleo em posições estratégicas ao lado de campos de exploração da estatal no continente – reduzindo custos de logística.
A Lava Jato frustrou os planos das mini refinarias, que talvez nunca saíssem do papel. Assim como os projetos eólicos da Energio, que chegou a criar 40 usinas ‘de prateleira’, obtendo em tempo recorde as licenças de operação junto à Aneel e benefícios fiscais.
Com essas licenças em mãos e mesmo sem ativos de garantia, a Energio fechou contrato de venda de energia para a Cemig e obteve R$ 433 milhões no Banco do Nordeste (BNB). Depois, passou tudo para a Queiroz Galvão por R$ 200 milhões. O negócio teve aprovação do CADE.
Parte dos recursos obtidos pela Energio foram aplicados no fundo TOTEM FIRF, que seria investidor no projeto das mini refinarias de Paulo Roberto Costa.
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