Geórgia decide hoje futuro do governo Biden
Terminam nesta terça (5) na Geórgia as eleições que vão decidir se o governo Biden poderá fazer algo significativo ou não...
Terminam nesta terça (5) na Geórgia as eleições que vão decidir se o governo Biden poderá fazer algo significativo ou não.
Dois senadores republicanos, David Perdue e Kelly Loeffler, disputam a reeleição em 2º turno, contra os adversários democratas Jon Ossoff e Raphael Warnock.
Nas eleições do ano passado, o bloco republicano chegou a 50 cadeiras no Senado, e os democratas a 48.
Se os democratas vencerem ambas as eleições na Geórgia, chegarão a 50 cadeiras e terão o controle do Senado, usando o voto de minerva da futura vice-presidente Kamala Harris. Nos Estados Unidos, o vice-presidente é o presidente do Senado, e pode desempatar – um poder que o atual vice Mike Pence usou algumas vezes.
Já os republicanos jogam pelo empate. Basta vencerem apenas uma das duas vagas na Geórgia para conquistarem maioria no Senado e barrarem toda a agenda de Biden.
O atual líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, se autoproclama ‘Grim Reaper’ (a personificação da morte, o ‘Ceifador Macabro’), aquele que tem a foice para matar as ambições dos democratas da Câmara.
No cenário altamente polarizado da política americana, para fazer algo substantivo é indispensável ao presidente ter maioria nas duas casas, já que os deputados e senadores costumam votar estritamente dentro das linhas partidárias.
Em 2010, por exemplo, Obama assinou o Obamacare, reforma no sistema de saúde. Ele só conseguiu aprovar a legislação porque começou o governo com maioria democrata nas duas casas. Depois perdeu a maioria na Câmara (e em 2014 também no Senado) e nunca mais aprovou nada de peso.
Trump começou o governo, em 2017, com maioria nas duas casas. Conseguiu aprovar um pacote de corte de impostos, com zero votos dos democratas.
Os democratas retomaram a maioria da Câmara em 2018, e boa parte da agenda de Trump – como um projeto de lei para destinar mais dinheiro para o muro na fronteira com o México – não avançou. Além disso, Trump sofreu impeachment na Câmara, que não avançou no Senado.
A votação antecipada na Geórgia começou em 14 de dezembro.
Hoje, os georgianos terminam de decidir o futuro não apenas de seu estado, mas do país e do mundo.
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