“Enxergam o Doria aqui, mas não enxergam o Lula e o comunismo lá?”
Começaram, nos bastidores, as trocas de farpas entre os grupos de Rodrigo Maia e Arthur Lira, que disputam o comando da Câmara -- a eleição será em fevereiro do ano que vem...
Começaram, nos bastidores, as trocas de farpas entre os grupos de Rodrigo Maia e Arthur Lira, que disputam o comando da Câmara — a eleição será em fevereiro do ano que vem.
Do lado de Lira, como registramos mais cedo, deputados atribuem ao atual presidente uma personalidade “seca” e “rude” e dizem “que ele interfere nos relatórios dos projetos, no trâmite das medidas provisórias e pauta só o que quer”. Também afirmam que Maia “cozinhou aliados” à espera da decisão do STF sobre sua reeleição.
Na tentativa de nacionalizar a disputa interna na Casa, bolsonaristas e Centrão enxergam João Doria no bloco de Maia — o PSDB está na aliança do atual presidente — e defendem que a candidatura de Lira é “a candidatura do governo, da base do governo”.
Do lado de Maia, deputados chamam Lira de “Eduardo Cunha sem virtudes” e apontam o dedo para o fato de o deputado de Alagoas estar buscando apoios na esquerda, tão demonizada pela narrativa bolsonarista. “Enxergam o Doria aqui, mas não enxergam o Lula e o comunismo lá?”, provocou um aliado de Maia.
O esforço no grupo da atual gestão é vender a ideia de que o nome escolhido — haverá uma reunião hoje — será “a garantia da continuidade de uma Câmara independente” e não “uma Câmara puxadinho do Planalto”.
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