“Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”
Em novembro, Jair Bolsonaro resolveu dar uma canelada no país mais poderoso do mundo. Sem citar o nome de Joe Biden -- que, num debate eleitoral com Donald Trump, declarou que o Brasil poderia sofrer sanções comerciais caso não mudasse sua política ambiental --, o presidente declarou...
Em novembro, Jair Bolsonaro resolveu dar uma canelada no país mais poderoso do mundo. Sem citar o nome de Joe Biden — que, num debate eleitoral com Donald Trump, declarou que o Brasil poderia sofrer sanções comerciais caso não mudasse sua política ambiental –, o presidente declarou: “Assistimos há pouco um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá, não é, Ernesto [Araújo]? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão não funciona.”
Como a pólvora de Biden é infinitamente mais poderosa que a de Bolsonaro, em dezembro o presidente recuou, ao reconhecer tardiamente a vitória do democrata.
“Estarei pronto a trabalhar com o novo governo e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.”
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