QUEIROZ ADMITE ‘RACHADINHA’, MAS AINDA TENTA LIVRAR FLÁVIO BOLSONARO, DIZ TV
Fabrício Queiroz admitiu, enfim, a prática de “rachadinha” no então gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. O ex-assessor, porém, alegou ao Ministério Público que o ex-chefe não tinha conhecimento do fato...
Fabrício Queiroz admitiu, enfim, a prática de “rachadinha” no então gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. O ex-assessor, porém, alegou ao Ministério Público que o ex-chefe não tinha conhecimento do fato.
Segundo a CNN, a afirmação de Queiroz ao MP consta de petição anexada ao processo que tramita no Órgão Especial do TJ do Rio.
No texto, Queiroz “admitiu que havia um acordo pelo qual os assessores por ele indicados para ocupar cargos no Gabinete haveriam de lhe entregar parte de seus vencimentos”. Mas que “tal acordo teria sido realizado sem consulta ou anuência do então Deputado Estadual nem de seu Chefe de Gabinete, valendo-se da confiança e da autonomia que possuía”.
O MP, obviamente, considerou a versão fantasiosa, diante da evolução patrimonial de Flávio e de sua mulher, Fernanda, além do uso de dinheiro vivo para a compra de imóveis e o pagamento de despesas familiares, como planos de saúde e escola dos filhos.
Para os promotores, não é “crível que o referido assessor houvesse arrecadado milhões de reais em repasses de assessores da Alerj, ao longo de mais de dez anos, sem que seus superiores tivessem conhecimento do fato e nem auferido qualquer vantagem do ilícito praticado”.
Outro indício que desmonta a nova tese de Queiroz é o trecho de uma conversa por aplicativo entre ele e Danielle Mendonça, uma das funcionárias fantasmas. No diálogo, ocorrido em 2018, o então assessor deixa claro que precisava prestar contas dos recursos desviados.
“Boa noite amiga. Estou de férias e não paguei seu contracheque. Você pode me informar o valor que foi depositado esse mês para eu prestar a conta.” Danielle é a mesma que, após ser exonerada em 2019, escreveu para uma amiga admitindo que “sabia da origem ilícita do dinheiro e que essa situação a incomodava”.
Para quem começou dizendo que os milhões movimentados em sua conta eram resultado da venda de carros usados, Queiroz nunca esteve tão perto de contar toda a verdade.
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