Em carta a deputados, Chorão pede retirada de urgência da BR do Mar
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) enviou uma carta a deputados para pedir a retirada da urgência da BR do Mar, projeto de Tarcísio Freitas para abrir o setor de cabotagem...
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) enviou uma carta a deputados para pedir a retirada da urgência da BR do Mar, projeto de Tarcísio Freitas para abrir o setor de cabotagem.
No texto, assinado por Wallace Landim, o Chorão, a Abrava defende a necessidade de se aperfeiçoar a legislação sobre a cabotagem, mas sustenta que a proposta “não pode significar o esmagamento da categorias dos caminhoneiros autônomos”.
“Gostaríamos frisar que o transporte em longas distâncias representa uma fatia do mercado de transporte rodoviário extremamente relevante para os autônomos, com uma perda estimada em cerca 40% dos seus trabalhos.”
O Ministério da Infraestrutura disse a O Antagonista que os dados são “falsos” e que a categoria não será prejudicada em 40%.
Na carta, Chorão destaca que a BR do Mar aumentará a concentração de mercado para as empresas estrangeiras que já dominam o setor de cabotagem no Brasil.
“Não podemos admitir ficar nas mãos de poucas empresas, levando nosso transporte rodoviário ao controle de estrangeiros. Essas conteineiras estrangeiras são dominantes e querem ter controle de toda cadeia, seja dos terminais portuários, dos despachantes aduaneiros, dos práticos, dos rebocadores, do transporte rodoviário e de tudo que puderem.”
A BR do Mar tramita na Câmara com urgência e tranca a pauta da Casa desde setembro. Ricardo Barros, como mostramos, quer votar o texto nesta quarta (18). Antes, o líder tenta um acordo com líderes partidários.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que as afirmações de Chorão são “falsas e sem nenhum amparo técnico”.
“Não há qualquer relação entre a abertura do setor de cabotagem com uma suposta concentração do mercado rodoviário de cargas. A lógica por trás do projeto caminha no sentido inverso: atrair novas empresas para o setor amplia o mercado de contratação para caminhoneiros autônomos, uma vez que a cada nova linha de cabotagem, duas novas linhas rodoviárias são criadas e a competição entre empresas do setor tende a ampliar a demanda sobre o transporte complementar.”
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