Caminhoneiros pedem a Tarcísio ‘retirada urgente’ de projeto de cabotagem do Congresso
Uma das principais lideranças dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, enviou um carta a Tarcísio Freitas para pedir a retirada "urgente" do projeto de lei da BR do Mar do Congresso...
Uma das principais lideranças dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, enviou um carta a Tarcísio Freitas para pedir a retirada “urgente” do projeto de lei da BR do Mar do Congresso.
A proposta, como mostramos, muda as regras da cabotagem e, pelas contas do governo, deve aumentar a carga movimentada de 1,2 milhão de contêineres para 2 milhões em três anos.
No documento, obtido por O Antagonista, Chorão diz que a categoria não é contra o projeto de lei, mas a proposta tem “questões que afetam diretamente os transportadores autônomos”.
“Ministro, somos nós que fazemos este transporte, e não fomos chamados à mesa para essa discussão. Somos a categoria que será diretamente impactada e que na prática terá seu trabalho ceifado.”
Segundo Chorão, a BR do Mar afetará o transporte de carga por caminhoneiros em longa distância, “fatia do mercado de transporte rodoviário muito importante”, com impacto de cerca de 40% nos trabalhos.
“Diante dos fatos e fundamentos amplamente expostos, pedimos que o Governo retire a urgência Constitucional do PL 4.199/20, de forma que a categoria dos caminhoneiros autônomos possa ser ouvida e discutir, sem pressa, e com elevado nível técnico, a matriz de transpores do país, contemplando a navegação de cabotagem, garantindo a concorrência.”
Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que os caminhoneiros não sofrerão impacto com a aprovação da BR do Mar.
“Qualquer alegação de impacto negativo para o setor de transporte rodoviário de cargas desconsidera a característica básica da cabotagem. As embarcações não chegam nas indústrias ou nas unidades de produção. A cabotagem é um modo de transporte complementar ao rodoviário, que continuará a ter seu papel fundamental na logística brasileira de conectar os atores econômicos. ”
A pasta ainda disse que o projeto de lei poderá reduzir custos e aumentar a atividade econômica. “A ampliação da concorrência trará efeitos benéficos a toda a cadeia logística, com incentivos contrários à concentração de mercado e à verticalização das operações”, concluiu.
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