Imagine a Constituição do novo Centrão
No verbete do CPDOC da FGV sobre o Centrão, o site descreve o grupo como "suprapartidário com perfil de centro e direita criado no final do primeiro ano da Assembléia Nacional Constituinte para dar apoio ao presidente José Sarney". E continua: "Foi responsável pela reviravolta no processo de elaboração constitucional ao conseguir alterar, por meio de um projeto de resolução, as normas regimentais que organizavam os trabalhos constituintes." O Centrão daquela época...
No verbete do CPDOC da FGV sobre o Centrão, o site descreve o grupo como “suprapartidário com perfil de centro e direita criado no final do primeiro ano da Assembléia Nacional Constituinte para dar apoio ao presidente José Sarney”.
E continua: “Foi responsável pela reviravolta no processo de elaboração constitucional ao conseguir alterar, por meio de um projeto de resolução, as normas regimentais que organizavam os trabalhos constituintes.”
O Centrão daquela época era comandado por “lideranças conservadoras” do PFL (hoje DEM), MDB, PL, PTB, e dos extintos PDS e PDC.
De novo o verbete diz que, ao se apresentar como base confiável de apoio ao governo dentro da Constituinte, o Centrão assegurou ao Palácio do Planalto “a vitória nos principais temas de seu interesse”: sistema de governo presidencialista e mandato de cinco anos.
“Conquanto alguns de seus líderes tenham sido recompensados pelo governo federal com cargos e verbas, o grupo perdeu força antes mesmo do final da Constituinte. Diante do aumento da impopularidade do governo Sarney, causado pelo acirramento das crises social e econômica e pelo surgimento de denúncias de corrupção, os principais líderes do Centrão procuraram gradativamente dissociar sua imagem pública do Planalto, notadamente em 1989, ano da primeira eleição presidencial direta desde o movimento político-militar de 1964. Parte considerável dos seus componentes aproximou-se da candidatura vitoriosa do ex-governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo, de todos os governantes peemedebistas justamente o mais virulento crítico do governo Sarney. Os conflitos internos de poder, o processo de rearrumação partidária ante a disputa eleitoral e o desgaste sofrido pela denominação ‘Centrão’ perante a opinião pública fizeram com que seus integrantes deixassem de agir como um bloco formal, voltando à militância partidária.”
Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara, disse que a Constituição de 1988 deixou o país “ingovernável”. Só o mesmo Centrão pode dar um jeito nisso.
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