Diego Amorim nos conta, também em vídeo, o que podemos esperar desta semana, em cinco pontos:
1) O imbróglio do programa assistencial
Ainda não há definições em torno do programa assistencial do governo Bolsonaro. Há a expectativa de que as negociações avancem nesta semana.
O governo chegou a anunciar que o programa seria bancada com recursos e precatórios e do fundo da educação, o Fundeb, mas não há mais essa certeza diante das várias críticas.
Equipe econômica e o relator da proposta, senador Márcio Bittar (MDB), devem se reunir com Jair Bolsonaro.
Acompanharemos também o debate em torno da reforma tributária e a nova troca de farpas entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).
2) Vetos presidenciais
Deputados e senadores cobram de Davi Alcolumbre, presidente do Congresso, a marcação de uma nova data de sessão para analisar vetos presidenciais.
Estão na fila e já foram adiados algumas vezes vetos à desoneração da folha de pagamento, ao novo marco legal do saneamento básico e ao pacote anticrime.
O governo tem tido dificuldade de fechar acordos com as lideranças partidárias para a votação desses vetos.
3) Centrão avança
Depois de ser adiada na semana passada, está prevista para esta terça-feira a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que debate e vota as leis orçamentárias para o ano seguinte.
Como noticiamos, o líder do PP, Arthur Lira (PP), expoente do Centrão, contestou a proporcionalidade do bloco e tenta furar o acordo, feito ainda no início do ano, de que o deputado Elmar Nascimento (DEM) presidiria o colegiado. Lira tenta emplacar o nome de Flávia Arruda (PL).
4) Pauta do Judiciário
Na terça-feira, a Segunda Turma do STF retoma o julgamento que pode condenar o ex-senador Valdir Raupp por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Ele é acusado de pedir R$ 500 mil a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, para sua campanha em 2010. O dinheiro foi depositado pela Queiroz Galvão. O julgamento começou em junho, e o placar está 2 a 1. Faltam os votos de Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
Na quarta-feira, o plenário do STF julga lei de 2015 que regulamenta o direito de resposta. OAB e ANJ questionam regra que dá ao veículo de comunicação 24 horas para contestar o pedido de resposta na Justiça. A lei está suspensa desde 2015.
Durante a semana, vamos monitorar pedido da Lava Jato do Rio para impedir Gilmar Mendes de decidir sobre a Operação E$quema S, suspensa neste sábado pelo ministro.
Esta será a última semana de Celso de Mello como ministro do STF.
5) Campanha na TV
Começa na sexta-feira a propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Até 12 de novembro, ou seja, três dias antes do primeiro turno, os brasileiros vão ter de aturar a campanha dos candidatos nas eleições municipais.
Continuaremos destrinchando para você os cenários nas capitais.
Bom dia e boa semana.
Diego Amorim e equipe