A surra do real
O real despencou frente ao dólar (41%) e ao euro (47,6%). Mas ele tomou uma surra também de todas as moedas de economias emergentes...
O real despencou frente ao dólar (41%) e ao euro (47,6%).
Mas ele tomou uma surra também de todas as moedas de economias emergentes.
Thomaz Favaro, diretor da Control Risks, disse para a Folha de S. Paulo:
“Geralmente, moedas latinas caminham juntas, pois têm economias semelhantes, baseadas na exportação de matérias-primas, mas efeitos políticos pesam nessa balança e geram desequilíbrio.
A desvalorização do real está relacionada à percepção do estrangeiro quanto ao crescimento do Brasil nos próximos anos e à preocupação com a deterioração das contas públicas. Havia muita confiança no fiscal e isso está em dúvida agora.
Chile e Peru têm dívidas de cerca de 30% do PIB e vão para 40% neste ano. O Brasil vai para 90% e deve bater 100% do PIB cedo ou tarde. Quando você tem esse tipo de passivo, o efeito da perda de confiança é ainda maior.”
O real, em 2020, desvalorizou-se 34,4% em relação à moeda chilena e 29% em relação à moeda peruana.
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