Secretário de Saúde dos EUA toma poder da FDA sobre vacinas
O secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, proibiu a agência FDA de assinar regras novas sobre alimentos, remédios, aparelhos médicos e outros produtos, incluindo vacinas...
O secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, proibiu a agência FDA de assinar regras novas sobre alimentos, remédios, aparelhos médicos e outros produtos, incluindo vacinas.
Em ofício enviado na última terça-feira (15) e revelado neste sábado (19) pelo New York Times, Azar escreveu que tais poderes “são reservados ao Secretário”.
Três candidatas a vacina contra COVID-19 estão em ensaios clínicos em fase III nos Estados Unidos. Ainda não está claro como o ofício poderia alterar o processo de aprovação delas.
Indicados políticos, sob pressão do presidente Donald Trump, têm tomado uma série de medidas nos últimos meses para interferir nos processos das agências de saúde.
Por exemplo, uma orientação sobre exames do novo coronavírus, que não foi escrita pelos cientistas do Centro de Controle de Doenças, chegou a ser publicada no site do CDC, apesar das objeções dos pesquisadores.
Segundo essa nova orientação, pessoas próximas a um infectado não precisariam fazer o exame se não tivessem sintomas. Na última sexta (18), essa orientação foi novamente revista. Mesmo sem sintomas, quem esteve com alguém infectado precisa fazer o exame.
O Dr. Mark McClellan, ex-chefe da FDA e hoje chefe do centro de políticas de saúde da Duke University, disse ao jornal que não entendeu o benefício da medida de Alex Azar para o trabalho da agência.
O Dr. Peter Lurie, presidente do Centro para Ciência no Interesse Público, chamou a medida de “tomada de poder”.
Brian Harrison, chefe de gabinete de Azar, descreveu a nova política como “questão administrativa interna”, não dirigida a nenhuma agência em particular. Ele alegou que a medida não vai afetar a forma como a agência vai lidar com as vacinas contra COVID-19.
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