ELEIÇÕES 2020: a corrida pela Prefeitura de Macapá
Desde os tempos em que José Sarney mandava e desmandava no estado, nunca se viu uma candidatura no Amapá ser tão turbinada em Brasília como a de Josiel Alcolumbre à Prefeitura da capital...
Desde os tempos em que José Sarney mandava e desmandava no estado, nunca se viu uma candidatura no Amapá ser tão turbinada em Brasília como a de Josiel Alcolumbre à Prefeitura da capital.
Josiel é irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que inventou a candidatura dele — a primeira a um cargo público –, entregando o DEM do estado em suas mãos.
O senador mexeu seus pauzinhos e conseguiu uma ampla aliança, que garantirá, disparado, o maior tempo de TV da campanha. Josiel, aliás, dirige a TV Bandeirantes em Macapá e o jornal Aqui Amapá.
Por meio de Davi, o candidato conseguiu o apoio até do PDT, do governador Waldez Goes. É a única capital onde o partido de Ciro Gomes vai dar aos mãos a um projeto político apoiado pela família Bolsonaro, uma vez que o senador Flávio, filho do presidente da República, que é do Rio de Janeiro, declarou apoio ao irmão de Davi.
A aliança capitaneada pelo DEM envolve vários outros partidos, incluindo o PSD, do senador Lucas Barreto; o PSDB, do deputado federal Luiz Carlos; o PP, do deputado federal Andre Abdon; o Pros, do deputado federal, Acácio Favacho; o PL, do deputado federal Vinícius Gurgel; o Republicanos, da deputada federal Aline Gurgel; o Solidariedade, do presidente da Câmara Municipal de Macapá, Marcelo Dias; além de PV e PSC.
Na oposição, está a candidatura de João Capiberibe (PSB), ex-prefeito da capital, ex-senador e ex-governador. Ele tem o apoio da Rede, do senador Randolfe Rodrigues, que emplacou o vice.
O PSOL e o PC do B não toparam fazer parte da aliança contra a família Alcolumbre e lançaram uma chapa encabeçada pelo deputado estadual psolista Paulo Lemos. Ambos os partidos têm participação na atual gestão da Prefeitura, de Clécio Luis, que foi eleito pela primeira vez pelo PSOL, reeleito pela Rede e atualmente está sem partido — ele saiu da Rede para poder apoiar o irmão de Alcolumbre.
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, proibiu o partido de se unir à candidatura de “Capi”, como é chamado no estado, e acabou lançando uma chapa pura liderada pelo Professor Marcos. Nos bastidores, fala-se que essa decisão também teve dedo de Davi Alcolumbre.
O PRTB, de Hamilton Mourão, lançou o servidor público Antônio Cirilo Fernandes Borges, mas acredita-se que Alcolumbre tenta atraí-lo para o grupo do irmão, o que poderá miar a candidatura “bolsonarista raiz”.
Guaracy Batista da Silveira Júnior é o nome escolhido pelo PSL. Ele é presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular no estado e filho do Bispo Guaracy, primeiro suplente da senadora de Tocantins Kátia Abreu, hoje no PP.
Também estão na disputa o deputado estadual Antônio Furlan (Cidadania), com o apoio do MDB do ex-senador Gilvan Borges; e Patrícia Ferraz (Podemos), que é suplente do deputado federal Vinícius Gurgel (PL) e assumiu o cargo recentemente por alguns meses.
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