Cabral aceitava 1%, mas queria 5%
No depoimento prestado a Sergio Moro hoje à tarde, Rogério Nora de Sá, ex-presidente da Andrade Gutierrez, contou que não pretendia pagar a propina sobre o contrato de terraplenagem do Comperj...
No depoimento prestado a Sergio Moro hoje à tarde, Rogério Nora de Sá, ex-presidente da Andrade Gutierrez, contou que não pretendia pagar a propina sobre o contrato de terraplenagem do Comperj.
Nesse caso, segundo Nora de Sá, não houve acordo entre empreiteiras, mas concorrência de verdade.
Cabral, no entanto, foi categórico: já havia combinado com Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras, que ele, governador, ficaria com 1% da fatura, nada menos que R$ 2,7 milhões.
Mas que fique claro: Cabral só aceitava receber 1% em casos especiais.
A prática do ex-governador era cobrar 5%, como explicou Norá de Sá durante a audiência:
“Houve uma reunião no Palácio (do governo fluminense), com o governador (Sérgio Cabral) e o Wilson Carlos (secretário de governo), na presença do nosso representante comercial Alberto Quintaes, em que foi dito que o Wilson Carlos coordenaria a divisão das obras, e que haveria um pagamento de 5% sobre as faturas das obras que as empresas executassem no estado do Rio.“
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