O Ministério da Cidadania afirmou há pouco que os técnicos da pasta vão analisar o relatório da auditoria do TCU que identificou indícios de irregularidade no pagamento de R$ 42,1 bilhões do coronavoucher.

Em nota enviada a O Antagonista, a pasta afirmou que serão atendidas as “recomendações para aprimorar a eficiência do gasto público”.

Como mostramos, uma auditoria do TCU concluiu que as fraudes podem ter custado R$ 42,1 bilhões aos cofres públicos — 23% do valor total pago até hoje no auxílio emergencial.

A Cidadania, no entanto, usa dados preliminares da Controladoria-Geral da União para defender que o prejuízo foi bem menor.

“Para registro, em uma primeira análise, a Controladoria-Geral da União (CGU), encontrou inconformidades da ordem de 0,44%, enquanto o sistema previdenciário americano tem 0,82% de inconformidades. O benefício brasileiro chega a 99,56% de acerto.”

A pasta disse que assinou um acordo de cooperação técnica com o TCU e outros órgãos para o controle dos processos que envolvem o cadastramento e pagamento do auxílio emergencial.

Os fraudadores, segundo a Cidadania, tem sido identificados pela Polícia Federal e o Ministério Público, por meio de uma Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial. E acrescentou:

“No campo da recuperação de valores, 132.823 pessoas, por ação do Ministério, já devolveram valores recebidos indevidamente.”