TRF-6 será “gesto para o Fabinho” e “saída honrosa para o Noronha”
O projeto que cria um novo tribunal federal no Brasil em plena pandemia da Covid-19 está na pauta da Câmara hoje mais uma vez, como noticiamos mais cedo. Se a votação de fato ocorrer, a tendência é de aprovação...
O projeto que cria um novo tribunal federal no Brasil em plena pandemia da Covid-19 está na pauta da Câmara hoje mais uma vez, como noticiamos mais cedo.
Se a votação de fato ocorrer, a tendência é de aprovação.
O Antagonista apurou que líderes partidários decidiram “dar esse presente” para o deputado Fábio Ramalho, do MDB de Minas Gerais, relator da matéria.
“Será um gesto para o Fabinho, que é querido, é boa praça, todo mundo gosta dele”, disse um deputado, pedindo reserva.
Fabinho, desde que chegou à Câmara, organiza almoços e jantares para os colegas, geralmente tendo leitoa à pururuca como prato principal. Ele, aliás, foi quem preparou um almoço no Palácio do Planalto, para Jair Bolsonaro e seus amigos do Centrão, na semana passada.
Os deputados também querem aprovar o TRF-6, com sede em Belo Horizonte, para dar “uma saída honrosa para o Noronha”. João Otávio de Noronha, atual presidente do STJ, é o autor do projeto. Ele passa o cargo nesta semana para o ministro Humberto Martins, que, a princípio, é contra a criação de mais um TRF.
“Vamos dar uma saída honrosa para o Noronha, esse assunto era uma luta dele”, afirmou o mesmo deputado, que disse esse ser o sentimento na maioria das bancadas.
No Senado, avaliam os deputados, são pouquíssimas as chances de o projeto ser aprovado. O argumento de que um TRF em Minas possa abrir a porteira para a criação de outros TRFs em estados específicos é forte.
“Na semana passada, eles [senadores] nos deram a missão de manter o veto que impede reajuste de servidores. Agora, vamos devolver a bola quadrada para o Senado. Eles vão ficar com a missão de derrubar o projeto”, disse o deputado.
É o joguinho da democracia.
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