Diego Amorim nos conta, também em vídeo (assista abaixo), os principais destaques desta semana em cinco pontos:
1) Bolsonaro Maçaranduba
Depois de algumas semanas evitando a imprensa no chamado cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro voltou ontem a se irritar com jornalistas.
Um repórter do jornal O Globo, com base em reportagem da Crusoé, fez a seguinte pergunta a Bolsonaro:
“Presidente, por que sua esposa recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”
Bolsonaro não respondeu. Chamou o repórter de “safado” e disse que tinha vontade de “encher a boca [do repórter] de porrada”.
A pergunta ficou sem resposta:
“Presidente, por que sua esposa recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”
2) Dallagnol no CNMP
Na terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) voltará a se reunir e poderá analisar o pedido de Lula contra Deltan Dallagnol em razão da presentação que, em 2016, apresentou o petista no centro da organização criminosa do petrolão.
O CNJ julgará pedidos de afastamento do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Eduardo Siqueira. Ele foi flagrado humilhando um guarda municipal em Santos (SP) ao não gostar de ser questionado por que não estava usando máscara em meio à pandemia da Covid-19. São três pedidos de abertura de processo disciplinar: um da Corregedoria do CNJ, um da Associação de Guardas Municipais do Brasil e outro da Frente Ampla Democrática pelos Direitos Humanos.
Ainda no Judiciário, o STF retomará nesta semana o julgamento de ações que discutem qual índice a Justiça do Trabalho deve aplicar para corrigir créditos trabalhistas.
No STJ, João Otávio de Noronha termina seu mandato e passa o comando da corte para o ministro Humberto Martins.
3) O assistencialismo de Bolsonaro
Ainda na terça-feira, o governo Bolsonaro deverá lançar o programa assistencial Renda Brasil e também anunciar oficialmente a prorrogação do auxílio emergencial.
Além disso, o Planalto deverá divulgar, ainda, programas como o da Carteira de Trabalho Verde e Amarela, que tenta estimular a criação de empregos por meio da flexibilização da direitos trabalhistas.
Também poderá ser lançado o plano Pró-Brasil, que inclui leilões para concessões de portos e aeroportos, privatizações de estatais, obras de infraestrutura, casas populares, entre outras coisas.
4) Pauta cheia no Congresso
No Congresso, os senadores deverão, enfim, votar a PEC do Fundeb, que já foi aprovada pela Câmara — a proposta seria votada, na semana passada, no mesmo dia em que os deputados mantiveram o veto de Jair Bolsonaro a reajustes de servidores, mas a votação acabou sendo adiada mais uma vez.
Aliás, o Senado deve votar requerimento para que Paulo Guedes vá ao Congresso explicar a declaração de que os senadores “cometeram um crime” ao votar pela derrubada desse veto.
Na Câmara, os deputados poderão votar a proposta de criação do TRF-6, com sede em Belo Horizonte.
A Lei de Falências, a Lei do Gás e o socorro às empresas de transporte público também poderão entrar na pauta do Legislativo.
5) Trump candidato
Por fim, nos Estados Unidos, começará nesta segunda-feira a convenção do Partido Republicano que vai oficializar a candidatura de Donald Trump à reeleição.
Todos os detalhes você acompanha com o repórter Cedê Silva e o programa Super Terça, que estreou na semana passada no canal do Youtube de O Antagonista.
Bom dia e boa semana.