Chefe dos Correios dos EUA diz que não vai substituir máquinas descartadas
O chefe dos Correios americanos, Louis DeJoy, disse hoje ao Senado que não vai substituir as mais de 600 máquinas de processamento de cartas removidas sob sua liderança...
O chefe dos Correios americanos, Louis DeJoy, disse hoje ao Senado que não vai substituir as mais de 600 máquinas de processamento de cartas removidas sob sua liderança.
Carteiros americanos relataram nas últimas semanas que o descarte dessas máquinas contribuiu para o aumento dos atrasos na entrega das correspondências, o que pode prejudicar as eleições em novembro.
Nos Estados Unidos, desde a Guerra Civil (1861-1865) parte dos eleitores vota pelo correio. O número deve aumentar este ano com a pandemia, com mais gente querendo evitar as filas nas seções eleitorais.
Na quarta-feira (19), DeJoy prometeu “pausar” até a eleição parte das mudanças na administração dos Correios. A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi (mesmo partido de Joe Biden e oposição a Trump), afirmou em nota considerar a pausa “insuficiente e não reverte os danos já causados”.
As unidades dos Correios americanos (USPS) receberam ordem de descartar 671 máquinas de processamento de correspondência. Mais de 90% delas já foram removidas, e não serão substituídas.
Segundo levantamento do Washington Post, a ordem abrangeu todos os Estados, exceto o Alasca. Máquinas em Porto Rico e no distrito federal de Colúmbia também estavam na lista.
O número de máquinas removidas está estreitamente correlacionado à população, com maior número na Califórnia (76), seguido por Flórida, Texas, Nova York e Ohio.
Flórida e Ohio são estados-chave na eleição por serem “swing states”, nos quais a eleição pode pender para qualquer um dos candidatos. Eles são diferentes dos chamados “estados azuis” e “estados vermelhos”, nos quais a vitória de um dos candidatos já é pedra cantada.
Dados do USPS obtidos pelo jornal também mostram que o descarte de máquinas é corriqueiro, mas neste ano a redução em capacidade é maior.
Em 2018, a agência desativou 125 processadores por código de barras, ou 3% de sua capacidade. Em 2019, foram 186 máquinas, ou 5% da capacidadade. A lista deste ano, com 671 máquinas, abrange 13% da capacidade.
Leia também: Serviço de investigação dos Correios ajudou na prisão de Steve Bannon
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)