“Se o presidente não tem mais confiança, o problema é dele”, diz Izalci
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), vice-líder do governo no Senado, conversou com Luiz Eduardo Ramos antes da votação de ontem e explicou se posicionamento a favor da derrubada do veto de Jair Bolsonaro ao reajuste de servidores...
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), vice-líder do governo no Senado, conversou com Luiz Eduardo Ramos antes da votação de ontem e explicou seu posicionamento a favor da derrubada do veto de Jair Bolsonaro ao reajuste de servidores.
A O Antagonista, Izalci disse que, na conversa, deixou claro a Ramos que liberaria a bancada do PSDB na votação, mas que não poderia “deixar de lado” os pleitos das categorias da educação e da segurança do Distrito Federal, que pedem reajuste.
“Eu disse a ele claramente: o PSDB é pela manutenção do veto. No Senado, como estou conduzindo, vou liberar, porque eu voto contra. Fiz o contato por questão de honestidade, falei com o Ramos antes da votação. ‘Olha, vou liberar a bancada. O PSDB deve votar pela manutenção do veto, mas eu, Brasília, vou tentar derrubar o veto’.”
Como mostramos, o Planalto atribuiu a derrota no Senado a três parlamentares. Entre eles, o vice-líder Izalci, que é considerado um “traidor”.
O posicionamento do senador, no entanto, não era novidade para Ramos. Mesmo com os sinais da derrota, o governo só se deu conta da possibilidade da derrubada do veto durante os encaminhamentos dos partidos na votação.
No Planalto, discute-se a troca dos vice-líderes do governo. A estratégia de Ricardo Barros apresentada a Bolsonaro é abrir espaço para os partidos do Centrão indicarem os parlamentares para os cargos.
Com o voto de Izalci em sentido contrário à indicação do governo, o Planalto tende a acelerar a mudança.
“A liderança do governo é um cargo de confiança do governo. Bolsonaro tem o direito, como presidente, de escolher os líderes dele. É muito natural a mudança em qualquer momento (…). Se ele acha melhor me tirar da liderança, vou continuar ajudando do mesmo jeito. Mas, apesar de ser líder do governo, tenho consciência da importância de mudar o Brasil. Tenho ajudado muito, mas é um cargo de confiança. Se Bolsonaro não tem mais confiança, é problema dele.”
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