MDB, DEM e PSDB querem distância do “Centrão raiz”, mas aproveitam clima de paz em Brasília
No jogo de forças que envolve as negociações para as eleições internas na Câmara e no Senado e já para a corrida presidencial de 2022, MDB, DEM e PSDB querem se distanciar do "Centrão raiz", hoje liderado por PP e PL...
No jogo de forças que envolve as negociações para as eleições internas na Câmara e no Senado e já para a corrida presidencial de 2022, MDB, DEM e PSDB querem se distanciar do “Centrão raiz”, hoje liderado por PP e PL.
O gesto mais contundente nesse sentido, até aqui, talvez tenha sido o do fim de julho, quando emedebistas e demistas abandonaram o blocão parlamentar na Câmara comandado por Arthur Lira: relembre aqui.
Por outro lado, MDB, DEM e PSDB aproveitam o novo momento da relação do Executivo com o Parlamento para, de alguma forma, se aproximar mais do governo de Jair Bolsonaro, mantendo uma interlocução estratégica com o entorno do presidente.
Desde o início da pandemia, parlamentares desses três partidos que permaneceram em Brasília procuraram intensificar conversas no Palácio do Planalto.
Efraim Filho, líder do DEM, e Carlos Sampaio, líder do PSDB, quiseram deixar claro a O Antagonista, no entanto, que esse movimento difere do que vem sendo feito pelo “Centrão raiz”.
“Esse diálogo institucional vem acontecendo desde fevereiro e foi tomando corpo a partir de março. O Centrão quer cargos e vota obrigatoriamente com o governo: eles viraram base. Nós não somos base do governo. Não temos cargos e nos colocamos à disposição em acompanhar o governo na pauta econômica e em outros assuntos de interesse do país”, comentou o tucano.
O Antagonista apurou que lideranças de partidos como o Cidadania e o Podemos, também tidos como independentes, tentam pegar carona nesta nova relação com o Planalto, na intenção de participar mais ativamente da construção da pauta do Congresso.
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