Propina para Baldy e seu primo, ex-presidente do FNDE de Bolsonaro
De acordo com o Ministério Público Federal, o secretário estadual de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy, recebeu R$ 900 mil de propina para direcionar uma contratação pela Fiorcuz. O primo dele, Rodrigo Dias, ex-presidente do FNDE e da Funasa, é acusado de receber R$ 250 mil...
De acordo com o Ministério Público Federal, o secretário estadual de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy, recebeu R$ 900 mil de propina para direcionar uma contratação pela Fiorcuz. O primo dele, Rodrigo Dias, ex-presidente do FNDE e da Funasa, é acusado de receber R$ 250 mil.
As informações estão na decisão do juiz Marcelo Bretas que autorizou a Operação Dardanários, a que O Antagonista teve acesso, e foi deflagrada hoje. Baldy e Rodrigo Dias tiveram a prisão preventiva decretada hoje.
Segundo a acusação, Baldy indicou o primo para presidir a Funasa em 2016, no governo Michel Temer. Pouco tempo depois de assumir o cargo, Rodrigo Dias propôs a contratação da empresa Vertude pela Fundação Instituto de Administração (FIA).
O negócio não aconteceu, por discordância da Procuradoria da Funasa. Mas logo depois, foi acertado que a empresa seria contratada pela Fiocruz, que é vinculada à Fundação de Saúde, segundo o MPF.
Uma licitação chegou a ser aberta, mas, diante da competitividade da concorrência pública, narra a decisão de Bretas, o valor do contrato foi reduzido de R$ 4,5 milhões para R$ 2,7 milhões.
Depois da assinatura do contrato, diz o MFP, Rodrigo Dias interferiu junto à presidência da Fiocruz para que fossem pagos os valores previstos originalmente. Segundo Bretas, “muito provavelmente o aditivo era desnecessário”.
Desse dinheiro, R$ 900 mil foram para Baldy e R$ 250 mil, para Rodrigo Dias, de acordo com a representação enviada a Bretas pelos procuradores. Os valores foram pagos aos poucos, entre fevereiro e outubro de 2018, conforme a Vertude foi recebendo a remuneração do contrato com a Fiocruz.
“Como se observa, os investigados, em tese, desviaram numerários da Fiocruz sem qualquer pudor de estar interferindo em instituição de pesquisa de suma importância para o país”, disse Bretas, na decisão.
Em nota, a Pró-Saúde informou que “desde 2017, tem colaborado de forma irrestrita com as investigações e vem adotando ações para o fortalecimento de sua integridade institucional”.
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