Com quase metade de Beirute destruída, o Hezbollah pode ganhar força
A explosão num depósito que abrigava nitrato de amônio, na zona portuária de Beirute, teve o efeito de uma super bomba. "Quase metade da cidade está destruída ou danificada", disse o governador da cidade, Marwan Abbud. Há mais de uma centena de mortos e o total de feridos é de cerca de 4.000...
A explosão num depósito que abrigava nitrato de amônio, na zona portuária de Beirute, teve o efeito de uma super bomba. “Quase metade da cidade está destruída ou danificada”, disse o governador da cidade, Marwan Abbud. Há mais de uma centena de mortos e o total de feridos é de cerca de 4.000.
O Líbano já vinha atravessando uma grande crise humanitária, por causa da enorme quantidade de refugiados provenientes da Síria. Muitos permanecem no país. Para não falar das tensões políticas internas que alimentam o Hezbollah, que negou ter participação na explosão de ontem.
Parece improvável que a organização tenha protagonizado um ataque dessa envergadura, embora não se descarte que o nitrato de amônio estivesse sob a sua alçada (algo que talvez nunca venha a se saber ao certo). Com metade da capital destruída ou danificada, é possível que, num segundo momento, com a economia do país mais fragilizada do que nunca, o Hezbollah ganhe ainda mais força entre os xiitas (quase 30% da população), uma vez que ele também engrossa as suas fileiras por meio do assistencialismo a uma população castigada há anos por um regime corrupto.
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