Assessor de Bolsonaro publicava fake news sobre coronavírus e Moro
Alvo da CPMI das Fake News, o assessor Tércio Tomaz, colocado por Carlos Bolsonaro dentro do Palácio do Planalto, criou páginas de internet com conteúdo falso para atacar adversários de Jair Bolsonaro, como Sergio Moro, e defender teses esdrúxulas sobre a Covid-19...
Alvo da CPMI das Fake News, o assessor Tércio Tomaz, colocado por Carlos Bolsonaro dentro do Palácio do Planalto, criou páginas de internet com conteúdo falso para atacar adversários de Jair Bolsonaro, como Sergio Moro, e defender teses esdrúxulas sobre a Covid-19.
Essas páginas foram derrubadas pelo Facebook há cerca de um mês. O Fantástico teve acesso ao relatório da plataforma com toda a investigação.
“Na página, o assessor postou um vídeo em que tira de contexto uma entrevista do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o isolamento social. No mesmo dia, Bolsonaro compartilhou o vídeo, dizendo que a OMS defendia a reabertura das cidades. No dia seguinte, foi desmentido pelo diretor da OMS.”
Tomaz também postou fake news sobre o governador e o prefeito de São Paulo: “João Doria e Bruno Covas mandam abrir covas para imprensa fotografar.”
A rede de contas falsas também era operada por Eduardo Guimarães e Paulo Eduardo Lopes, ambos ligados a Eduardo Bolsonaro. Paulo Chuchu, que trabalhou no gabinete do Bananinha até junho teve seis contas fakes derrubadas. Quatro se passavam por redações jornalísticas, como The Brazilian Post, The Brazilian Post ABC e Notícias São Bernardo do Campo.
Outro assessor que mantinha pelo menos oito páginas inautênticas era Leonardo Rodrigues de Barros, que trabalhava para a deputada estadual Alana Passos (PSL), aliada da família Bolsonaro. O presidente chegou a gravar um vídeo para uma dessas páginas:
“Leonardo, parabéns pela página Bolsonéas. Está fazendo um trabalho excepcional, ficou muito feliz. Estamos juntos, tá ok?.” Na página Bolsonéas havia mais fake news sobre a pandemia, culpando governadores e dizendo que a cloroquina cura a Covid-19. Sergio Moro era chamado de “fofoqueiro”.
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