Não caia na conversa dos “liberais” do governo: eles só querem o seu dinheiro
Guilherme Afif Domingos, assessor de Paulo Guedes, foi entrevistado por Cézar Feitoza. O criador do "impostômetro" quer fazer crer que a proposta de reforma tributária do governo não vai aumentar a carga fiscal. Isso porque os 120 bilhões de reais gerados para o caixa do governo por uma nova CPMF a ser cobrada de transações financeiras digitais serão compensados por desoneração parcial...
Guilherme Afif Domingos, assessor de Paulo Guedes, foi entrevistado por Cézar Feitoza. O criador do “impostômetro” quer fazer crer que a proposta de reforma tributária do governo não vai aumentar a carga fiscal.
Isso porque os 120 bilhões de reais gerados para o caixa do governo por uma nova CPMF a ser cobrada de transações financeiras digitais serão compensados por desoneração parcial da folha de pagamentos e elevação da faixa de isenção do imposto de renda.
Não será suficiente para aliviar o peso do estado sobre a sociedade. Pelo contrário. Os pobres vão pagar mais impostos, sim, porque o novo imposto será cumulativo, e a classe média, além da nova CPMF, vai pagar outro grande pedaço do pato, com aumento da alíquota nos salários mais altos, o fim ou a redução das deduções do imposto de renda e aumento da carta tributária sobre o setor de serviços, o que mais emprega, que terá de repassar os novos custos para o consumidor de qualquer faixa de renda.
O requinte de maldade é que Afif e Guedes se declaram liberais e estão no poder graças a um presidente que vendeu a ideia de o que o Brasil teria menos Brasília. Conversa para boi votar. A pandemia é pretexto para que escorchem ainda mais os cidadãos, sem o pudor de pedir, ao menos, que esqueçamos o que eles já escreveram — e disseram.
Não caia na lábia dos “liberais” do governo: eles só querem o seu dinheiro. É mais do mesmo.
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