Coronavoucher aumenta em mais de 150% renda de quem estudou menos
Segundo um estudo dos pesquisadores Lauro Gonzalez e Bruno Barreira, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, o auxílio emergencial pago pelo governo durante a epidemia de Covid-19 aumentou em 156% a renda média de um trabalhador com pouca escolaridade...
Segundo um estudo dos pesquisadores Lauro Gonzalez e Bruno Barreira, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, o auxílio emergencial pago pelo governo durante a epidemia de Covid-19 aumentou em 156% a renda média de um trabalhador com pouca escolaridade.
Na média geral, os beneficiados pelo coronavoucher tiveram um aumento de 24% na renda.
A diferença, aponta o estudo, se dá exatamente pela desigualdade de ganhos. Quanto menor a escolaridade, menor a renda — ou seja, quem ganhava menos antes de receber o auxílio sentiu um impacto maior.
Ainda segundo o levantamento, em 11 das 36 atividades pesquisadas o aumento de renda superou 40%.
No recorte por regiões, os estados do Norte e do Nordeste registram as maiores altas percentuais na renda com o coronavoucher. Em Alagoas, por exemplo, o aumento foi de 132%.
“O efeito é tão maior quanto menor for a renda. E como essa renda tem correlação negativa com escolaridade, com informalidade, com as questões ligadas às desigualdades regionais, isso explica esse efeito maior do auxílio para esses recortes”, explicou Gonzalez ao UOL.
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