Empresários do setor de serviços dizem a Guedes temer ‘descompasso’ na reforma tributária
Após ouvirem a barganha de Paulo Guedes para aprovar a CPMF digital, empresários do setor de serviços afirmaram ao ministro que temem um "descompasso" no Congresso entre a aprovação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) --imposto que unificaria PIS e Cofins--, com alíquota de 12%, e a desoneração da folha de pagamento...
Após ouvirem a barganha de Paulo Guedes para aprovar a CPMF digital, empresários do setor de serviços afirmaram ao ministro que temem um “descompasso” no Congresso entre a aprovação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) –imposto que unificaria PIS e Cofins–, com alíquota de 12%, e a desoneração da folha de pagamento.
O ministro da Economia está apostando na criação de um imposto sobre transações digitais para ampliar a base de arrecadação do governo e cobrir o rombo nas contas públicas, viabilizando também a desoneração da folha.
Para isso, o ministro pediu aos empresários do ramo, em reunião na quarta-feira (22), para pressionar parlamentares a aprovar a nova CPMF.
O setor de serviços, um dos mais afetados com a unificação do PIS e do Cofins, vê com receio a estratégia de Guedes. Se a CPMF não for aprovada no Congresso –e a criação do imposto sofre resistência–, poderia ser aprovada uma reforma tributária que onera mais o setor.
Outra preocupação de empresários é com o timing: a CBS e a desoneração teriam de ser aplicadas de maneira escalonada, de forma que evite que as empresas sofram com maior tributação no período de transição do sistema tributário.
Após longa reunião na quarta-feira (22), Guedes se propôs a marcar novos encontros com representantes do setor de serviços, para discutir as novas fases das propostas da reforma tributária.
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