O jogo duplo de Alcolumbre
Alguns senadores, mesmo aliados de Davi Alcolumbre, já perceberam o que consideram um "jogo duplo" do presidente do Senado nos últimos meses...
Alguns senadores, mesmo aliados de Davi Alcolumbre, já perceberam o que consideram um “jogo duplo” do presidente do Senado nos últimos meses.
A impressão que os colegas têm tido do senador do Amapá é a de que, internamente, ele assume uma postura crítica ao governo de Jair Bolsonaro, mas está cada vez mais próximo do Planalto e do presidente.
Um dos exemplos seria a forma como Alcolumbre está lidando com os vetos presidenciais: faz coro às críticas, mas simplesmente não viabiliza a votação dos vetos. Na semana passada, ele acabou cancelando a sessão do Congresso alegando falta de acordo.
O objetivo do presidente do Senado é um só: garantir o apoio, ainda que indireto, do Planalto para o seu plano de obter um aval jurídico que lhe permita tentar a reeleição ao cargo em fevereiro do ano que vem — a Constituição e o regimento interno são claros ao impedir a recondução na mesma legislatura, como seria o caso.
Vale lembrar que, em 2019, o governo recém-eleito apoiou Alcolumbre na eleição no Senado. Onyx Lorenzoni, então chefe da Casa Civil, foi o principal cabo eleitoral do senador do Amapá, antes mesmo de Renan Calheiros ser definido como o candidato do MDB. Flávio Bolsonaro também trabalhou para barrar a candidatura de Major Olímpio, do PSL, que era seu partido na época, e pediu votos para Alcolumbre, “o candidato do governo”.
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