Em seu Twitter, Deltan Dallagnol comentou a decisão de hoje de Dias Toffoli que, a pedido do Senado, suspendeu a busca da PF no gabinete de José Serra, dentro da operação deflagrada hoje para investigar caixa 2 na campanha de 2014.

O chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba lembrou: “Em 2019, o ministro Celso de Mello decidiu em sentido contrário à posição de hoje do ministro Toffoli que proibiu o cumprimento de mandados no Senado”.

Na ocasião, conforme O Antagonista noticiou, o decano do Supremo rejeitou habeas corpus em favor de Fernando Bezerra, o líder do governo no Senado, que pedia liminar para suspender a análise de material apreendido em seu gabinete por ordem de Luís Roberto Barroso.

Deltan também reproduziu este trecho da reportagem publicada pelo site do STF:

“O ministro [Celso] afirmou que a tentativa da Mesa do Senado Federal de criar um ‘círculo de imunidade virtualmente absoluta’ ou um ‘santuário de proteção’ em torno dos gabinetes dos parlamentares e dos imóveis funcionais que ocupam é incompatível com o princípio republicano, inconciliável com os valores ético-jurídicos que orientam a atuação do Estado e conflitante com o princípio da separação de Poderes. ‘Ninguém está acima da autoridade das leis e da Constituição da República’, enfatizou o decano do STF.”