Não era a hora (2)
Miriam Leitão conclui em sua coluna sobre a indicação de Moraes, que o Brasil viu outros momentos em que ministros do STF exibiram sua lealdade aos grupos que o indicaram...
Miriam Leitão conclui em sua coluna sobre a indicação de Moraes, que o Brasil viu outros momentos em que ministros do STF exibiram sua lealdade aos grupos que o indicaram:
- O ministro Ricardo Lewandowski não escondeu, ao longo do julgamento do mensalão, que tinha um lado.
- Começou combatendo a estratégia de apresentação do voto do então ministro Joaquim Barbosa e não parou mais durante todo o julgamento.
- No comando do impeachment no Congresso, tomou decisões impressionantes: considerou que o procurador de contas junto ao TCU era suspeito e, portanto, não poderia ser testemunha. E julgou que o ex-ministro do governo Dilma, autor de uma das pedaladas, Nelson Barbosa, era isento o bastante para ser testemunha.
- E no final conseguiu a proeza de preservar os direitos políticos da presidente condenada por crime de responsabilidade.
- Toffoli foi advogado do PT em campanhas presidenciais e, mesmo assim, no julgamento do mensalão, que tratava de corrupção do PT em campanhas eleitorais, não achou que houvesse impedimento em julgar aqueles que defendera. Moraes disse ontem que se declarará impedido de julgar tucanos. Menos mal. [Mas sempre é possível mudar de opinião]”.
Realmente, não era hora de indicar Moraes.
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