Ibama multa estudante picado por naja em R$ 61 mil e encontra mais 31 serpentes ilegais no DF
No dia 7 de julho, um estudante de Veterinária foi picado por uma naja que criava em casa sem autorização. No dia seguinte, o Ibama deflagrou uma operação de fiscalização de cobras silvestres mantidas em ambientes domésticos no Distrito Federal. Até terça (14/7), foram 32 serpentes resgatadas e mais de R$ 300 mil em multas aplicadas...
No dia 7 de julho, um estudante de Veterinária foi picado por uma naja que criava em casa sem autorização. No dia seguinte, o Ibama deflagrou uma operação de fiscalização de cobras silvestres mantidas em ambientes domésticos no Distrito Federal. Até terça (14/7), foram 32 serpentes resgatadas e mais de R$ 300 mil em multas aplicadas.
O estudante que deu origem às fiscalizações e seus pais foram multados em R$ 78 mil – R$ 61 mil ao estudante por maus tratos e R$ 17 mil aos pais, por terem dificultado o trabalho de fiscalização, segundo o Ibama.
Um amigo do estudante, que tentou soltar a cobra – que depois foi encontrada num shopping – também foi multado, em R$ 81,3 mil.
Dois dias depois do incidente com o estudante de veterinária, a Polícia Militar do DF encontrou 16 cobras num haras em Planaltina. Dez eram oriundas da América do Norte e seis, da Amazônia e do Cerrado. O dono do haras foi multado em R$ 68 mil por ter dificultado a fiscalização.
Em 10 de julho, foram encontradas outras seis serpentes, em Vicente Pires: duas jiboias arco-íris da caatinga, duas da espécie píton (Ásia) e duas jiboias de Madagascar (África). O dono será multado em R$ 39 mil por maus tratos e por manter animais exóticos sem autorização.
A mesma casa ainda abrigava três tubarões do tipo bambu, espécie oriunda de países da Oceania, além de um peixe moreia. O dono da casa disse que os animais estão legalizados, mas não apresentou a documentação. O Ibama informou que, se ele não mostrar os documentos nos prazo da legislação, será multado em R$ 2,6 mil.
No mesmo dia, um homem entregou voluntariamente duas cobras peçonhentas que criava em casa, uma jararacuçu, da Mata Atlântica, e uma víbora-verde-de-vogel (Ásia).
Sábado (11/6), a fiscalização foi até a casa do pai do amigo do estudante picado pela naja e descobriu que ele também tinha participação no esquema de tráfico de serpentes.
Foram apreendidas uma jiboia arco-íris (que pertencia à vítima), peles de jiboia e de cobra surucucu, penas de arara canindé e carapaça de tatu. As multas podem chegar a R$ 33,5 mil, segundo o Ibama.
No sábado também houve uma entrega voluntária de duas jiboias arco-íris, do cerrado brasileiro, duas cobras rat snakes, de origem norte-americana, e um lagarto gecko, oriundo do Oriente Médio. Com exceção das jiboias, que serão devolvidas à natureza, os demais ficarão com o Ibama até a definição do destino.
Em Samambaia, uma mulher que criava uma jiboia, decidiu entregá-la ao Ibama. Ela não vai pagar multa, já que entregou a serpente espontaneamente.
No mesmo dia, o Ibama apoiou uma ação do Ibram, órgão ambiental do DF, em uma casa na região de Sobradinho. Foram apreendidos uma jiboia, um jabuti e um tigre d’água.
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