Eleição de Bolsonaro deu "legitimidade institucional" a rede de perfis falsos, diz estudo

16.02.2025

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Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo

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3 minutos de leitura 09.07.2020 14:17 comentários
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Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo

A rede de perfis falsos de apoio a Jair Bolsonaro, derrubada ontem pelo Facebook, existe pelo menos desde antes das eleições de 2018. E depois que ele foi eleito presidente, em vez de reduzir a intensidade dos ataques aos alvos dos bolsonaristas, ela ganhou “legitimidade institucional”...

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Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo
Foto: Adriano Machado/Crusoé

A rede de perfis falsos de apoio a Jair Bolsonaro, derrubada ontem pelo Facebook, existe pelo menos desde antes das eleições de 2018. E depois que ele foi eleito presidente, em vez de reduzir a intensidade dos ataques aos alvos dos bolsonaristas, ela ganhou “legitimidade institucional”.

Essas são algumas das conclusões do relatório em que o Facebook se baseou para tirar do ar uma teia de 88 “perfis inautênticos”. Foram 14 páginas no Facebook, 35 contas pessoais na rede social, 38 perfis no Instagram e um grupo.

Conforme noticiamos ontem, o Facebook detectou que a rede foi montada para dar apoio a Bolsonaro. Eram perfis que “sistematicamente escondiam a verdadeira autoridade de seus titulares”.

O relatório foi feito pelo DFRLab, uma iniciativa de investigações em redes sociais do Atlantic Council, centro de estudos sobre democracia e sociedade baseado nos Estados Unidos.

De acordo com o levantamento do DFRLab, parte da rede de perfis falsos começou a operar para apoiar a campanha de Bolsonaro e atacar seus adversários.

Os ataques eram coordenados por esses perfis e usavam de “sites de notícias hiperpartidários” para transformar as mentiras que produziam em suas redes em notícias, disse o relatório.

As postagens começaram durante a campanha, mas nunca pararam. Eles apoiaram, por exemplo, o discurso de Bolsonaro de que o novo coronavírus é um “vírus chinês”.

Também estão por trás da fritura nas redes sociais do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido em 16 de abril.

Esses bolsonaristas operavam do Rio de Janeiro, de Brasília e de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Entre os responsáveis pelas contas, está Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República e apontado como principal integrante do gabinete do ódio, com salário de R$ 13,6 mil.

Arnaud cuidava da página “Bolsonaro Opressor 2.0”, que tinha cerca de 1 milhão de seguidores, e foi lotado no gabinete de Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, antes de ir para o Planalto.

Tércio Arnaud também era responsável pelo perfil “Bolsonaro News” no Instagram, cujo conteúdo era “enganoso na maioria das vezes, usando de meias verdades para se chegar a falsas conclusões”.

Outro dos operadores desses perfis era Paulo Eduardo Lopes, ou Paulo Chuchu, que trabalha no gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

De acordo com o relatório, “Bolsonaro já havia sido acusado de manter operações de divulgação de informação, mas esta é a primeira vez que assessores estão diretamente ligados a perfis inautênticos”.

“A rede conduziu uma operação significativa e de longa duração, pelo menos desde a campanha presidencial de 2018 e conseguindo arregimentar uma audiência de milhões, usando de especulações políticas e desinformação para assediar alvos direcionados – prática aparentemente aperfeiçoada pelo gabinete do ódio e detalhada na CPMI das Fake News”, concluiu o estudo.

O texto é assinado pela pesquisadora brasileira Luiza Bandeira, do DFRLab.

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