Se o Centrão agora é governo, é preciso oficializar
Como a Crusoé noticiou ontem, o Palácio do Planalto decidiu colocar em negociação cargos de vice-liderança do governo na Câmara, para ampliar o espaço do Centrão. Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, está cuidando da dança das cadeiras...
Como a Crusoé noticiou ontem, o Palácio do Planalto decidiu colocar em negociação cargos de vice-liderança do governo na Câmara, para ampliar o espaço do Centrão.
Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, está cuidando da dança das cadeiras. O deputado bolsonarista Daniel Silveira, por exemplo, vai perder a função.
São 14 as vagas de vice-líderes do governo na Câmara.
Um vice-líder tem o direito de poder gastar, por mês, mais R$ 902,02 de cota parlamentar, o chamado cotão.
Mas não é por isso que a função é importante. Os vice-líderes dividem tarefas e são os responsáveis, por exemplo, por orientar o voto do governo em comissões, onde acabam atuando como líderes do governo, ganhando mais tempo para discursar.
Por defenderem o governo, acabam tendo também mais chance de conquistar a simpatia, as verbas e os cargos oferecidos pelo Palácio do Planalto.
“Do ponto de vista material, ser vice-líder é algo irrelevante: acresce R$ 900 à cota parlamentar. Acho que essas mudanças são muito mais simbólicas. Eles estão começando a abrir isso, a abrir espaço para gente de outros partidos, para ganharem mais consistência política. Um vice-líder do governo, estando feliz, ajuda bastante o governo”, disse a O Antagonista um líder partidário.
Em outras palavras, já que o Centrão agora é governo, é preciso oficializar isso.
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