Após desmontar fundo de R$ 3,4 bilhões, Salles chama fundo de R$ 500 milhões de “maior do mundo”
Ricardo Salles anunciou na manhã desta sexta-feira (3) o Programa Floresta+, que ele chamou de o "maior programa de pagamento por serviços ambientais no mundo na atualidade"...
Ricardo Salles anunciou na manhã desta sexta-feira (3) o Programa Floresta+, que ele chamou de o “maior programa de pagamento por serviços ambientais no mundo na atualidade”. A portaria foi publicada hoje no Diário Oficial.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, “são mais de R$ 500 milhões destinados para atividades que melhorem, conservem e recuperem a natureza”.
Até aí tudo bem.
Acontece que Salles suspendeu o Fundo Amazônia, que recebeu desde 2009 mais de R$ 3,4 bilhões em doações, sendo 93% delas da Noruega. Segundo relatório do BNDES, o Fundo Amazônia já desembolsou R$ 1,2 bilhão, sendo que mais de 60% do valor foi para instituições do próprio governo.
O Comitê Orientador e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia foram extintos em junho de 2019, no ‘revogaço’ de colegiados assinado por Bolsonaro. No ano passado, o Fundo não aprovou apoio a novos projetos.
A segunda maior patrocinadora do Fundo Amazônia é a Alemanha. Em março deste ano, o então embaixador da Alemanha em Brasília, Georg Witschel, disse que a situação do Fundo Amazônia era uma “tragédia” difícil de ser revertida.
No fim de 2019, Witschel contou a O Antagonista que seu governo aguardava uma proposta do Ministério do Meio Ambiente para retomar a negociação sobre o Fundo.
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