Blogueiro de Bolsonaro, ongueiro indígena e produtor de show gospel
Preso mais cedo pela Polícia Federal tentando deixar o país, Oswaldo Eustáquio é investigado por envolvimento direto no acampamento dos 300, cujos integrantes foram presos na semana passada e liberados na última segunda-feira com tornozeleira eletrônica. Embora seja liderado por Sara 'Winter' Giacomini, o acampamento foi idealizado por Eustáquio, que tem registro de jornalista, mas atua como militante político...
Preso mais cedo pela Polícia Federal tentando deixar o país, Oswaldo Eustáquio é investigado por envolvimento direto no acampamento dos 300, cujos integrantes foram presos na semana passada e liberados na última segunda-feira com tornozeleira eletrônica.
Embora seja liderado por Sara ‘Winter’ Giacomini, o acampamento foi idealizado por Eustáquio, que tem registro de jornalista, mas atua como militante bolsonarista.
Oswaldo Eustáquio começou a carreira de blogueiro em 2008, chegando a abrir 12 blogs sobre variados assuntos: bandas gospel, aldeias indígenas, carnaval e movimento evangélico.
Até entrar na onda bolsonarista, Eustáquio era mais dedicado às causas indígena e evangélica. Fundou com a esposa, Sandra Terena, a ONG Aldeia Brasil. Terena hoje é assessora da ministra Damares Alves.
Ele também dirigiu a filial paranaense do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política, criado em 2003 por políticos ligados ao PT e à Universal, e que depois passou a reunir diferentes denominações evangélicas capitaneadas por lideranças políticas de vários partidos.
Eustáquio trabalhou na Rádio Sara Brasil FM, da igreja Sara Nossa Terra, fundada pelo Bispo Robson Rodovalho, ex-deputado federal. No ano passado, escreveu no site “Agora Paraná” que Rodovalho foi o “pioneiro no Brasil na aproximação da ciência e da fé”.
Rodovalho tem influência no governo Bolsonaro, especialmente via Onyx Lorenzoni, tendo celebrado o casamento do ministro com Denise Veberling.
Quando Onyx foi retirado da Casa Civil e realocado no Ministério da Cidadania, o blogueiro ignorou o enfraquecimento do ministro e escreveu: “À frente do Ministério da Cidadania há uma semana, Onyx Lorenozi, um dos homens de confiança de Bolsonaro, mostrou que não está para brincadeira. Determinou um pente-fino nos contratos suspeitos de informática.”
Recentemente, ecoou no Twitter notícia de blogs petistas sobre a execução do advogado Igor Martinho Kalluf, associando-a a uma queixa-crime apresentada no ano passado contra Sergio Moro.
Eustáquio só não disse que Kalluf integrava um coletivo de advogados petistas e que devia dinheiro a agiotas.
O jornalista bolsonarista, aliás, acusa Sergio Moro de estar conduzindo “indiretamente” o inquérito 4828 que apura atos antidemocráticos, “através de seu braço direito Igor Romário de Paula e Disney Rosset”, e que o “alvo” é Bolsonaro.
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