Multinacional pagou propina a Silas Rondeau para receber pagamentos atrasados da Eletronuclear, diz MPF
O Ministério Público Federal diz que o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, alvo hoje da Operação Fiat Lux, recebeu propina da Areva, empresa franco-alemã, para que a Eletronuclear pagasse dívidas que tinha com a companhia...
O Ministério Público Federal diz que o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, alvo hoje da Operação Fiat Lux, recebeu propina da Areva, empresa franco-alemã, para que a Eletronuclear pagasse dívidas que tinha com a companhia.
A Areva foi contratada pela Eletronuclear para construção e fornecimento de equipamentos para as usinas de Angra 1, 2 e 3.
Em delação premiada, o lobista Jorge Luz contou que, em 2006, o então presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro, exigiu o pagamento de propina para quitar a dívida.
Segundo o MPF, a propina foi dividida entre Othon, Silas Rondeau, o ex-diretor da Eletronuclear Luiz Messias e o ex-deputado Aníbal Gomes.
“ANÍBAL GOMES dizia que parte dos valores eram destinados ao Ministro SILAS RONDEAU; Que o colaborador não realizou acerto de propina com o Ministro SILAS RONDEAU”, disse Jorge Luz em sua delação.
Os pagamentos foram feitos em espécie e por meio de offshores no exterior, uma delas em nome de Ana Cristina Toniolo, filha de Othon Pinheiro.
O pedido de prisão não informa o valor da propina paga no acerto.
A quebra de sigilos de Silas Rondeau mostrou que em 2016 ele mantinha nos Estados Unidos uma conta no Delta National Bank — o saldo, na época, era de R$ 2,5 milhões.
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