A exumação dos cadáveres do mensalão
O Antagonista lembra que, assim como o caso Focal, outras pontas ficaram soltas na CPMI dos Correios e do mensalão. Durante as investigações ocorridas em 2005, já havia sinais da existência do próprio petrolão...
O Antagonista lembra que, assim como o caso Focal, outras pontas ficaram soltas na CPMI dos Correios e do mensalão. Durante as investigações ocorridas em 2005, já havia sinais da existência do próprio petrolão. O mais notório deles — mas que foi deixado de lado na época — foi o Land Rover dado de presente pela empresa GDK a Silvinho Pereira, então secretário de organização do PT.
A GDK era prestadora de serviços da Petrobras e havia conseguido um belo contrato com a estatal para construir uma unidade de processamento de gás natural no Espírito Santo. A obra, conhecida como UPGN de Cacimbas, no valor de R$ 457,5 milhões, foi ganha pela GDK em 2004. Dez anos depois, a Lava Jato descobriu que a empreiteira havia se comprometido a pagar propina de 1,5% do contrato, o equivalente a quase R$ 7 milhões, ao grupo político de Silvinho e José Dirceu.
Nada disso, porém, veio à tona na ocasião. Quando o Land Rover de Silvinho foi descoberto, em 2005, a empreiteira perdeu o contrato (que ainda não havia sido assinado), mas as investigações não foram em frente. Curiosidade: foi a Engevix que assumiu a obra, outra empreiteira que pagava propinas ao grupo de Dirceu.
Felizmente, a Lava Jato veio para exumar esses cadáveres.
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