Diego Amorim nos conta, também em vídeo, os principais destaques da semana em cinco pontos:
1) Cadê a mulher do Queiroz?
A semana ainda deverá ser agitada em Brasília em razão da prisão, na última quinta-feira, de Fabrício Queiroz.
A mulher do ex-funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro — e amigo da família — continua foragida.
No domingo à noite, Flávio anunciou que Frederick Wassef, dono da casa onde Queiroz foi preso, não é mais seu advogado.
Ficaremos de olho, claro, nos desdobramentos de toda essa história.
2) Agenda do Legislativo
No Senado, tenta-se construir acordo para votação, na terça-feira, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais em razão da pandemia da Covid-19.
O assunto será discutido nesta segunda-feira, com as participações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e profissionais de saúde.
Entre senadores e deputados, ainda não há consenso em relação ao tema. A ideia é realizar as eleições ainda neste ano, em novembro ou dezembro.
Ainda no Senado, o marco regulatório do saneamento básico poderá ser votado na quarta-feira. O texto já passou pela Câmara. Também poderá ser apreciado o relatório de Angelo Coronel (PSD) sobre o projeto das fake news.
Na Câmara, o destaque é a possibilidade de votação de uma Medida Provisória que trata de medidas emergenciais para o setor da aviação civil.
3) Agenda do Judiciário
Na terça-feira, o TSE deverá analisar uma nova ação que pede a cassação da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão.
Desta vez, trata-se de uma contestação feita pelo PT de outdoors, em favor da campanha de Bolsonaro, espalhados em várias cidades em 2018.
O relator é o ministro Og Fernandes. A tendência é que a ação seja rejeitada.
O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá julgar a possibilidade de redução de salário e de carga horária de servidores públicos e a constitucionalidade de alguns itens da reforma da Previdência.
Vamos monitorar também os movimentos do STF no âmbito do inquérito das fake news — aquele que censurou O Antagonista e a Crusoé — e o que investiga atos antidemocráticos.
4) O sucessor de Weintraub
A semana começa com Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, nos Estados Unidos, para onde viajou no fim de semana passada.
Somente depois que ele chegou por lá sua exoneração do governo Bolsonaro foi publicada. Usando passaporte diplomático de ministro, ele furou as limitações à entrada de brasileiros nos EUA, em razão da pandemia.
Weintraub, em tese, vai ocupar um cargo de direção no Banco Mundial.
Durante a semana, Jair Bolsonaro poderá definir o novo ministro da Educação.
5) Pazuello no Congresso
No fim de semana, o Brasil registrou a marca de 50 mil mortes por Covid-19.
De acordo com os dados de domingo à noite do consórcio de veículos de imprensa, o número total de mortes no país é de 50.659. Já o total de casos confirmados é de 1.086.990.
O general Eduardo Pazuello continua como ministro interino da Saúde. Na terça-feira, ele vai participar da comissão mista do Congresso que trata das ações de combate à Covid-19.
Bom dia e boa semana.