“É inconcebível que ainda sobreviva no Estado um resíduo de forte autoritarismo”, diz Celso de Mello
Relator da investigação sobre Jair Bolsonaro, Celso de Mello criticou novamente o presidente, durante sessão da Segunda Turma do STF, por cogitar desobedecer ordens judiciais da Corte...
Relator da investigação sobre Jair Bolsonaro, Celso de Mello criticou novamente o presidente, durante sessão da Segunda Turma do STF, por cogitar desobedecer ordens judiciais da Corte.
“É inconcebível que ainda sobreviva no íntimo do aparelho de Estado brasileiro um resíduo de forte autoritarismo que insiste em proclamar que poderá desrespeitar, segundo sua própria vontade arbitrária, decisões judiciais. Não é um discurso próprio de estadista, comprometido com o respeito à ordem democrática e que se submete ao império da Constituição e das leis da República”, afirmou.
Ele manifestou apoio a declarações de Cármen Lúcia, no início da sessão, contra ataques aos ministros. A ministra disse que a ação de “uns poucos” não vai provocar “temor ou fraqueza” nos juízes da Corte.
Celso de Mello afirmou que “sem juízes independentes, jamais haverá cidadãos livres nesse país” e, sem mencionar apoiadores de Bolsonaro, citou o ex-ministro do STF Aliomar Baleeiro (1905-1978):
“Enquanto houver cidadãos dispostos a submeter ao arbítrio, sempre haverá vocação de ditadores. É preciso resistir, mas resistir com as armas legítimas da Constituição e das leis do estado brasileiro.”
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