Cientista político que participou da transição diz que Bolsonaro fez ‘discurso inteligente’ quando falava em 15 ministérios
O cientista político Antônio Flávio Testa, que participou da equipe de transição para o governo de Jair Bolsonaro, conversou com O Antagonista sobre a recriação, na semana passada, do Ministério das Comunicações para abrigar um deputado do PSD...
O cientista político Antônio Flávio Testa, que participou da equipe de transição para o governo de Jair Bolsonaro, conversou com O Antagonista sobre a recriação, na semana passada, do Ministério das Comunicações para abrigar um deputado do PSD.
Em 2018, quando candidato ao Planalto, Bolsonaro dizia que teria “no máximo” 15 ministros — já são 23.
Desde a transição, Testa percebia que o plano do presidente eleito não daria certo.
“Sou servidor público há 50 anos, acompanhei muitos governos. É claro que falar em ’15 ministérios’ foi um discurso de campanha. Um discurso inteligente, justo, porque os governos vinham criando ministérios para atender demandas pontuais, para dar prestígio a aliados.”
Para Testa, porém, Bolsonaro não comete “estelionato eleitoral” quando descumpre essa promessa de campanha.
“Não, de jeito algum. O governante não é uma coisa estática. Todos os governantes são assim. Ele não está cometendo estelionato eleitoral. Está se adaptando às condições de governabilidade.”
O cientista político acredita que o governo vai acabar criando (ou recriando) outros ministérios ao longo do mandato.
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