“Condição de liderança de Arthur Lira foi o ativo desejado pelos corruptores”, diz PGR
Ainda na denúncia contra Arthur Lira, obtida por O Antagonista, a PGR relata como se deu a ascensão do deputado no esquema de corrupção do PP e como a "condição de liderança de um dos grandes partidos da base" do governo Dilma Rousseff foi "o ativo desejado" pela Queiroz Galvão. Segundo a PGR, tratou-se de uma relação de corrupção "por trato sucessivo, para o futuro"...
Ainda na denúncia contra Arthur Lira, obtida por O Antagonista, a PGR relata como se deu a ascensão do deputado no esquema de corrupção do PP e como a “condição de liderança de um dos grandes partidos da base” do governo Dilma Rousseff foi “o ativo desejado” pela Queiroz Galvão.
Segundo a PGR, tratou-se de uma relação de corrupção “por trato sucessivo, para o futuro”.
“Em fevereiro de 2012, o Deputado Federal AGUINALDO VELLOSO BORGES RIBEIRO assumiu o Ministério das Cidades em substituição ao Deputado Federal MÁRIO SILVIO MENDES NEGROMONTE, solidificando a mudança de liderança na agremiação partidária.
Com a ida do Deputado Federal AGUINALDO VELLOSO BORGES RIBEIRO para o Ministério das Cidades, a liderança do PP na Câmara dos Deputados foi assumida pelo Deputado Federal ARTHUR CÉSAR PEREIRA DE LIRA.
Com essa ascensão, ARTHUR LIRA passou a atuar de modo mais concreto no esquema de arrecadação de propina, fiscalizando os de pagamentos ao grupo dissidente, com auxilio do operador ALBERTO YOUSSEF e do novo operador HENRY HOYER.
É justamente a partir desse cenário que foi praticado ora crime imputado nesta denúncia: em 2012, a QUEIROZ GALVÃO, por intermédio de Ildefonso Colares Filho (falecido), FRANCISCO RANULFO RODRIGUES, superintendente de obras da Queiroz Gaivão em Goiás, e de HENRY HOYER, operacionalizador do PP, retirou do já conhecido “caixa de propina” que mantinha em favor do partido o valor de R$ 1.588.700,00 (um milhão, quinhentos e oitenta e oito mil e setecentos reais), e o direcionou ao novo líder, ARTHUR LIRA.
As provas do Inquérito n. 3.989, compartilhadas nesta acusação, somam-se às aqui produzidas e demonstram a vinculação causal entre as vantagens indevidas e as atribuições parlamentares desse expoente do PP, líder do partido na Câmara naquele momento, que atuava para assegurar os interesses da empresa na diretoria de abastecimento da Petrobras, no Ministério das Cidades e, mais tarde, a partir de 2014, atuaria também no Ministério da Integração Nacional.
Trata-se, pois, de uma relação de corrupção por trato sucessivo, para o futuro, em que a condição de liderança de um dos grandes partidos da base política do então governo foi o ativo desejado pelos corruptores, notadamente porque à agremiação foram entregues pastas ministeriais com orçamentos bilionários para investimentos de seu interesse. Portanto, a imputação desta denúncia é um capítulo a mais da grande organização criminosa do PP narrada na acusação que teve por base o Inquérito n. 3.989 — na verdade, uma “ponta” dela. São provas que se somam, completam-se e formam um todo firme que demonstra as relações criminosas havidas entre alguns políticos do Progressistas e empreiteiros. “
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