Flávio Bolsonaro ensaboado
Em meio às investigações sobre suposta lavagem de dinheiro e peculato no período em que era deputado estadual pelo Rio, o senador Flávio Bolsonaro se tornou sócio de uma empresa que pretendia instalar uma indústria de sabão em pó no estado, diz a Folha...
Em meio às investigações sobre suposta lavagem de dinheiro e peculato no período em que era deputado estadual pelo Rio, o senador Flávio Bolsonaro se tornou sócio de uma empresa que pretendia instalar uma indústria de sabão em pó no estado, diz a Folha.
Segundo a reportagem, no contrato social da Kryafs Participações, o filho 01 de Jair Bolsonaro não se apresentava como um mero sócio-investidor — mas como representante comercial da fábrica baiana Espumil, serviço pelo qual estimou que receberia R$ 500 mil. A empresa seria uma parceira no empreendimento.
“O novo projeto comercial de Flávio se propunha a instalar uma fábrica da Espumil no Rio de Janeiro. Ela tem sede em Feira de Santana (BA) e produz sabão em pó”, segundo o jornal.
O projeto, entretanto, não avançou. O sócio-diretor da Espumil, João Paulo Dantas, diz que “foi pressionado a permitir a inclusão do senador no negócio e decidiu interromper as tratativas com a Kryafs logo após sua criação”.
A empresa de Flávio e de outros cinco sócios foi aberta em junho do ano passado. Na ocasião, a Justiça já havia quebrado os sigilos bancário e fiscal do senador e de outras 102 pessoas físicas e jurídicas no âmbito da investigação do Ministério Público do Rio sobre a suposta “rachadinha” em seu antigo gabinete na Alerj.
A investigação apontou suspeitas de lavagem de dinheiro por meio de investimentos privados de Flávio, como compra e venda de imóveis e até de uma loja de chocolates.
O Código de Ética do Senado proíbe que os parlamentares sejam proprietários, diretores, controladores ou patrocinadores de “empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público”.
A empresa não tem contratos com o poder público — mas foi alvo de autos de infração expedidos contra ela pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia.
Em nota, Flávio Bolsonaro afirma que “o projeto de sociedade não se concretizou e ela será extinta”.
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