Santos Cruz: “Moro representava o combate à corrupção, a perda dele é a perda dessa imagem também”
No último trecho da entrevista a O Antagonista, o general Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, analisa a saída de Sergio Moro e fala do período em que Alexandre Ramagem era seu subordinado. "Sergio Moro era um ministro que representava muito mais do que a função dele no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Ele mostrou que é possível fazer o combate à corrupção num país onde a corrupção é endêmica. E ele representava isso. Então, a perda dele é a perda dessa imagem também. Representava uma esperança, uma possibilidade de se combater a corrupção."...
No último trecho da entrevista a O Antagonista, o general Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, analisa a saída de Sergio Moro e fala do período em que Alexandre Ramagem era seu subordinado.
“Sergio Moro era um ministro que representava muito mais do que a função dele no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Ele mostrou que é possível fazer o combate à corrupção num país onde a corrupção é endêmica. E ele representava isso. Então, a perda dele é a perda dessa imagem também. Representava uma esperança, uma possibilidade de se combater a corrupção.”
Santos Cruz também critica a forma como as demissões têm ocorrido.
“Não tem nada de errado o presidente substituir ministro. O problema é a maneira como essas substituições estão acontecendo. O que estamos assistindo é a uma verdadeira novela. Era só conversar, que eu sairia com tranquilidade. A do Sergio Moro, outra novela que já vinha se arrastando. Gasta-se energia demais. Não dá tempo de trabalhar.”
O ex-ministro comenta também o período em que Alexandre Ramagem trabalhou no seu gabinete. Diz que a função do delegado era ajudar na “análise” dos perfis de quem era indicado para cargos de confiança.
“Não tenho nenhuma observação negativa. Eu tinha três da Polícia Federal trabalhando comigo. Ele auxiliava na avaliação. Você recebia muito pedido de nomeação, e esses pedidos passam por processo de avaliação. Tem que ver se a pessoa está habilitada ou não está, se tem curso superior, ou se tem processo andando em alguma instância, por problema administrativo com recurso publico. Ele fazia um levantamento para assessorar naquela escolha.”
O general nega que Ramagem trabalhasse na elaboração de dossiês contra inimigos políticos, assim como a existência de uma Abin paralela no Planalto. “Era trabalho técnico.”
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