Sistema de votação da lista tríplice sob suspeita
O sistema de votação interno do MPF que é usado pela ANPR para compor a lista tríplice de indicados para procurador-geral da República está sob forte suspeita...
O sistema de votação interno do MPF que é usado pela ANPR para compor a lista tríplice de indicados para procurador-geral da República está sob forte suspeita.
Ontem, o Conselho Superior do Ministério Público Federal resolveu adiar sua eleição interna depois que a Controladoria-Geral da União e a Secretaria de Perícia da PGR apontaram problemas no sistema eletrônico de votação, o mesmo que é usado pela Associação Nacional dos Procuradores da República, segundo a PGR.
O Votum, como é chamado, além de não ser auditável, é vulnerável a fraudes, como exclusão de candidaturas, transferência de votos de um candidato a outro e eliminação de votos, conforme análises feitas pela CGU e Sppea.
Por causa desses problemas, o CSMPF adiou para 23 e 30 junho as eleições de quatro novos membros, a serem escolhidos por procuradores e subprocuradores da República.
No ano passado, os mais votados na ANPR foram Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blaul Dallouol. Todos foram ignorados por Jair Bolsonaro, que indicou Augusto Aras — a lista tríplice não é obrigatória.
Em nota, a ANPR afirmou que as duas últimas votações para a lista tríplice, em 2017 e 2019, contaram com providências providências de transparência e controle não levadas em conta pela CGU e Sppea que, “em larga medida, retiram, por si só, qualquer possibilidade de erro ou fraude”.
“Todas as etapas do processo foram amplamente auditadas, por consultoria externa e com extensa divulgação no site da ANPR. Nestas eleições, o código-fonte foi disponibilizado para análise e testes foram feitos exaustivamente pela própria ANPR, pelos candidatos e pela empresa de auditoria contratada. A zeragem dos votos ocorreu em ato público, com a presença de todos os candidatos, e neste momento um relatório foi retirado com impressão e registro de cada linha do programa.
Imediatamente após a eleição, o código-fonte foi verificado e checado novamente. Qualquer alteração que levasse a contagem de votos inexistentes ou fraude apareceria no código do programa” diz a nota.
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