Ex-chefe da PF no Rio diz que não houve interferência de Bolsonaro em investigações
Em depoimento nesta segunda (11), Ricardo Saadi afirmou que, do início de 2018 a agosto de 2019, quando foi superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, não recebeu pedidos da Presidência da República para interferir em investigações no estado...
Em depoimento nesta segunda (11), Ricardo Saadi afirmou que, do início de 2018 a agosto de 2019, quando foi superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, não recebeu pedidos da Presidência da República para interferir em investigações no estado.
“Durante a gestão do depoente como superintendente do Rio de Janeiro, pela Presidência ou por terceiros em nome dela, não recebeu pedido formal ou oral de início de investigações ou de arquivamento; Que durante a gestão do depoente como superintendente do Rio de Janeiro, pela Presidência ou por terceiros em nome dela, não recebeu pedido formal ou oral de interferência em investigações; Que durante a gestão do depoente como superintendente do Rio de Janeiro, pela Presidência ou por terceiros em nome dela, não recebeu pedido formal ou oral de interferência em eventuais investigações relacionadas ao presidente Jair Bolsonaro, familiares seus, ou pessoas ligadas a ele”, diz trecho do depoimento.
Saadi também disse que não recebia informações sobre um inquérito que a PF abriu para apurar a obstrução da investigação sobre o assassinato de Marielle Franco.
O caso da ex-vereadora foi citado diversas vezes por Jair Bolsonaro para justificar seu desejo de trocar a superintendência do Rio de Janeiro, especialmente depois que o porteiro do condomínio do presidente, num primeiro depoimento à Polícia Civil do Rio, disse que “seu Jair” teria permitido a entrada no local de Ronnie Lessa, um dos acusados de matar Marielle — posteriormente, em novo depoimento, o porteiro disse que se enganou.
“O inquérito foi presidido pelo delegado Leandro Almada, lotado na DEX/SR/PF/AM e em missão no Rio de Janeiro pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal em Brasília; Que questionado especificamente a quem Leandro Almada se reportava na condição de presidente deste inquérito, o depoente afirma que Leandro Almada se reportava à Diretoria de Inteligência e não ao depoente; Que o depoente não recebeu qualquer pedido, seja ele formal ou oral, de interferência nas investigações então presididas por Leandro Almada; Que o depoente nunca teve acesso ao conteúdo desta investigação”, diz o depoimento.
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