Celso de Mello proíbe ‘devassa’ sobre conteúdo integral do celular de Moro
Celso de Mello proibiu que seja feita uma "devassa estatal" sobre todas as mensagens trocadas por Sergio Moro e armazenadas em seu celular -- só poderão ser analisadas as que tiverem relação com a suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Celso de Mello proibiu que seja feita uma “devassa estatal” sobre todas as mensagens trocadas por Sergio Moro e armazenadas em seu celular — só poderão ser analisadas as que tiverem relação com a suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Ontem, Augusto Aras pediu uma perícia e análise das mensagens, com texto, áudio e vídeo. No depoimento de sábado, Moro permitiu que a PF copiasse os arquivos somente das conversas com Bolsonaro e com Carla Zambelli.
Celso de Mello considerou que uma nova perícia no aparelho, como pedido por Aras, poderia levar à abertura de todas as conversas mantidas pelo ex-ministro. O ministro determinou que apenas aquelas ligadas à suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal sejam usadas na investigação.
“Se tornará necessário identificar, se possível, os interlocutores dos diálogos mantidos pelo Senhor Sérgio Moro que serão objeto do exame pericial ora pretendido, definindo-se, ainda, o
espaço temporal em que esses elementos de informação deverão ser coligidos, respeitando-se, sempre, a necessária vinculação – com os fatos objeto deste inquérito – das mensagens de texto e áudio, imagens e vídeos armazenados em aludido aparelho de telefonia celular, para que tal
diligência investigatória não se converta, indevidamente, em instrumento de indiscriminada e inaceitável devassa estatal”, decidiu o ministro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)