21.04.2020
“Privatização não esteve sobre a mesa em nenhum momento”, diz presidente da Petrobras
Diante da crise brutal que atinge o setor petrolífero e da queda no valor dos ativos, a possibilidade de privatização da Petrobras ficou ainda mais distante. Roberto Castello Branco, presidente da estatal, disse a O Antagonista que venda da estatal "nunca esteve sobre a mesa"...
Diante da crise brutal que atinge o setor petrolífero e da queda no valor dos ativos, a possibilidade de privatização da Petrobras ficou ainda mais distante. Roberto Castello Branco, presidente da estatal, disse a O Antagonista que venda da estatal “nunca esteve sobre a mesa”.
“A privatização não esteve sobre a mesa em nenhum momento, mas temos um portfólio de desinvestimento. Temos várias transações, oito refinarias. Nenhum dos comprados iniciais pediu para desistir.”
Questionado sobre a possibilidade de a estatal diversificar sua atuação diante do atual cenário, Castello Branco disse que a história recente mostra que “diversificação por si só não adianta nada e pode ser desastrosa”.
“A Petrobras fez isso no passado. Passou a produzir óleo de mamona, óleo de dendê, fertilizante e só perdeu dinheiro. O que a Petrobras sabe fazer bem? Explorar e produzir petróleo. Temos engenheiros de petróleo e geólogos entre os melhores do mundo, temos tecnologia, capacidade de pesquisa e ativos, o pré-sal é uma província de petróleo extremamente rica. O movimento que fizemos foi de concentrar em exploração de petróleo e gás, onde temos perspectivas promissoras a médio prazo.”
Ele ressalta que, ao adotar caminho inverso ao da gestão petista, a estatal se desfez de ativos no exterior, como EUA, Japão, Argentina etc. “Vendemos ativos que eram peso morto, que só drenavam o caixa. As perdas totais da Petrobras em Pasadena somaram US$ 6,3 bilhões. Foi uma coisa brutal.”
Assista a íntegra da entrevista: