Liberação de liquidez tem impacto de R$ 1,2 trilhão, diz BC
As medidas de liberação de liquidez adotadas pelo Banco Central (BC) têm impacto de R$ 1,2 trilhão. Isso representa 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Na crise financeira de 2008 o efeito foi de R$ 117 bilhões (3,5% do PIB)...
As medidas de liberação de liquidez adotadas pelo Banco Central (BC) têm impacto de R$ 1,2 trilhão. Isso representa 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Na crise financeira de 2008, o efeito foi de R$ 117 bilhões (3,5% do PIB).
O BC afirma que “não hesitaremos em usar todo o arsenal disponível para assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento dos mercados, e assim apoiar o funcionamento da economia brasileira”.
Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o impacto da crise do coronavírus na economia “veio em ondas”. A primeira ficou localizada na Ásia e a avaliação inicial era de que a economia brasileira, por ser fechada, seria menos afetada. Na segunda onda, que está ativa agora, houve a visão de que o processo de distanciamento social impactaria fortemente os serviços, sendo que 60% do PIB do Brasil é do setor de serviços.
As 4 medidas já tomadas pelo BC:
1. Compulsório + Indicador de liquidez de curto-prazo (LCR)
Redução da alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%. Isso representa liberação de R$ 50 bilhões.
Redução de aproximadamente R$ 86 bilhões na necessidade de as IFs carregarem outros
Ativos líquidos de alta qualidade.
Maior liberação de liquidez já implementada pelo BC
Impactos estimados são de aproximadamente R$ 135 bilhões na liquidez do sistema;
2. Dispensa os bancos e cooperativas de aumentarem o provisionamento no caso de repactuação, por 6 meses
Facilita a renegociação de créditos de empresas e de famílias e mantém operações de crédito em curso, permitindo ajustes de fluxo de caixa. Aproximadamente R$ 3,2 trilhões de créditos podem se beneficiar dessa medida.
3. Redução do Adicional de Conservação de Capital Principal – atinge todos os bancos.
Adicional cai de 2,5% para 1,25% pelo prazo de um ano, com reversão gradual até mar/22. Impacto esperado pelo governo é de melhores condições para realizar as eventuais renegociações e manutenção do fluxo de concessão de crédito. A medida deve permitir a expansão de cerca de R$640 bilhões na concessão de crédito e folga de capital do SFN ampliada em R$56 bilhões.
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