“O governo deixou chegar onde chegou”, diz senador, sobre acordo do orçamento
O avanço do novo coronavírus deve impactar as atividades do Congresso e, consequentemente, a votação dos PLNs enviados pelo governo como parte do acordo para a manutenção dos vetos presidenciais. Na semana passada, antes de o clima mudar em razão de novas projeções sobre o avanço da doença, o senador Márcio Bittar (MDB)...
O avanço do novo coronavírus deve impactar as atividades do Congresso e, consequentemente, a votação dos PLNs enviados pelo governo como parte do acordo para a manutenção dos vetos presidenciais.
Na semana passada, antes de o clima mudar em razão de novas projeções sobre o avanço da doença, o senador Márcio Bittar (MDB), um dos vice-líderes do governo no Congresso, disse a Paulo Guedes, ministro da Economia, que “o governo deixou chegar onde chegou” a discussão sobre a partilha dos R$ 30 bilhões do orçamento deste ano.
Bittar comentou com O Antagonista:
“Se o governo tivesse mais links com o Congresso, não teríamos chegado ao ponto atual. O governo já percebeu que o acordo pode não ser cumprido. E se não tem como manter o acordo anterior, que se construa um outro. É preciso achar uma saída com o Rodrigo Maia e o Davi Alcolumbre, porque, se não for construído novo acordo, vamos todos perder.”
Após pressão da sociedade sobre a partilha dos R$ 30 bilhões — e a declaração do general Augusto Heleno, que acusou o Congresso de “chantagear” o governo –, foi costurado um segundo acordo neste mês: o de que o Parlamento manteria os vetos de Jair Bolsonaro à lei orçamentária e, em contrapartida, aprovaria três PLNs enviados pelo Executivo, garantindo, assim, a destinação de algo em torno de R$ 19 bilhões para as emendas impositivas do relator-geral do orçamento.
A votação dos PLNs, porém, ainda não ocorreu, e há o risco de os projetos acabarem sendo rejeitados em sessão do Congresso, principalmente na votação entre os senadores.
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