Justiça condena 12 pessoas por Rouanet, inclusive empresário que usou lei para pagar casamento
A Justiça Federal de São Paulo condenou o empresário Felipe Amorim, acusado de usar recursos da lei Rouanet para pagar a própria festa de casamento em 2016, a 17 anos e 4 meses de prisão. Outros 11 réus foram condenados sob acusação de participação em esquema de desviou R$ 21 milhões em recursos de incentivo fiscal com fraudes em projetos culturais...
A Justiça Federal de São Paulo condenou o empresário Felipe Amorim, acusado de usar recursos da lei Rouanet para pagar a própria festa de casamento em 2016, a 17 anos e 4 meses de prisão. Outros 11 réus foram condenados sob acusação de participação em esquema de desviou R$ 21 milhões em recursos de incentivo fiscal com fraudes em projetos culturais.
Ao todo, as penas somam 145 anos de prisão por estelionato contra a União e organização criminosa. Eles foram alvo da Operação Boca Livre, deflagrada em junho de 2016. Os principais réus integram o núcleo familiar que estava à frente do Grupo Bellini Cultural, conjunto de empresas que coordenou as fraudes.
Segundo a denúncia, em abril de 2016, os réus organizaram um show de comédia para 700 funcionários e colaboradores de um grande escritório de advocacia em uma casa de espetáculos em São Paulo com recursos que, segundo o projeto aprovado, deveriam financiar apresentações musicais de orquestra e cantores consagrados abertas ao público geral.
Para justificar o uso da Lei Rouanet, o Grupo Bellini realizou, no mesmo dia pela manhã, uma apresentação simples de piano no local, sem a presença dos artistas previstos, para uma plateia de apenas 300 pessoas, levadas ao teatro de ônibus.
“Dezenas de apresentações culturais, produto dos projetos aprovados pelo MinC, eram manipuladas pela organização criminosa, constituindo verdadeiros simulacros de projetos culturais, com um público forjado e um cenário precário que pudessem, minimamente, transmitir ao Estado a aparência de regularidade na execução de tais projetos. Isto, quando o próprio projeto cultural aprovado pelo MinC não era, desde logo, substituído diretamente pelo evento corporativo em benefício exclusivo dos supostos patrocinadores e de seus clientes ”, afirmou a procuradora da República Karen Louise Kahn, autora da denúncia do MPF que levou à condenação dos envolvidos.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)