A Primeira Turma começa a julgar hoje o deputado federal Paulinho da Força, presidente Solidariedade e manda-chuva da Força Sindical. Ele pode ser condenado por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A denúncia, aceita pelo STF em 2015, diz que o deputado recebia parte do dinheiro desviado de financiamentos do BNDES por meio da empresa Progus.

Segundo o MPF, era uma consultoria de fachada que emitia notas falsas para beneficiárias dos empréstimos, como as Lojas Marisa e a prefeitura de Praia Grande (SP).

Em 2008, Paulinho chegou a escapar de um processo de cassação na Câmara pelo mesmo caso. Agora, se for condenado pelo STF, perderá de vez o mandato.

A acusação diz que Paulinho cobrava comissões de 2% a 4% sobre o valor financiado, uma vez que exercia influência sobre o Conselho de Administração na liberação dos recursos, durante o governo Lula — integrantes do colegiado foram indicados pela Força Sindical.

Julgarão Paulinho os ministros Alexandre de Moraes (relator), Marco Aurélio Mello (revisor), Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.