Prioridade de Weintraub, pós-graduação com nota alta em cidade pobre não existe
O governo anunciou no mês passado que vai privilegiar a concessão de bolsas de mestrado e de doutorado para alunos dos cursos mais bem avaliados do Brasil que, ao mesmo tempo, estejam nas cidades mais pobres, conforme medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Pela novo critério da Capes, ligada ao MEC, um curso oferecido em instituição de uma cidade com IDHM mais baixo teria o dobro de bolsas de outro semelhante em cidade com IDHM mais alto...
O governo anunciou no mês passado que vai privilegiar a concessão de bolsas de mestrado e de doutorado para alunos dos cursos mais bem avaliados do Brasil que, ao mesmo tempo, estejam nas cidades mais pobres, conforme medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
Pela novo critério da Capes, ligada ao MEC, um curso oferecido em instituição de uma cidade com IDHM mais baixo teria o dobro de bolsas de outro semelhante em cidade com IDHM mais alto.
Levantamento da Folha, porém, mostra que 95% dos 4.285 programas de pós-graduação ativos hoje no Brasil estão em 287 municípios com IDHM alto ou muito alto.
Os 5% restantes, oferecidos em cidades mais pobres, não atingem o nível de excelência exigido pela própria Capes em seus sistemas de avaliação.
Há apenas duas exceções: dois programas de pós-graduação da Universidade Federal de Pelotas em Capão do Leão (a 265 km de Porto Alegre). Lá, o IDHM é médio, mas os cursos em ciências agrárias e em biotecnologia têm os conceitos máximos na avaliação da Capes (notas 6 e 7).
Os únicos programas de pós de escolas em cidades com IDHM baixo – são oito – também não se beneficiariam com a nova proposta.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)